Tapioca Cappuccino

Sempre fui apaixonada por tapioca, aquela farinha mágica proveniente da mandioca que se transforma quase que instantaneamente numa massa sólida, leve e ligeiramente transparente quando em contato com o fogo. O famoso beijou. Fotografei com a lente macro para ressaltar a textura dessa iguaria, que há muito vem alimentando nossos índios e suas combinações inusitadas estão se popularizando nos grandes centros urbanos.

Compro sempre a farinha de mandioca na feira. É possível fazer em casa, mas é muito trabalhoso. A mesma barraca normalmente vende outros derivados da raiz (os polvilhos, as farinhas e o sagu, que no Brasil é feito com a fécula da mandioca). Com sorte essa barraca também terá côco fresco e você poderá comprar todos os ingredientes do prato.

Preparei pequenas tapiocas para que, depois de recheadas, ficassem em formato de pastéis. Ficaram deliciosas!! É realmente “A rainha do Brasil”, como chama Luis da Câmara Cascudo em seu livro “História da Alimentação do Brasil” (páginas 90 a 101), onde confirma que a mandioca continua inabalável em seu trono.

Foi muito comovente observar as índias preparando esta iguaria quando estive na Tribo Kuikuro no Alto Xingu, em julho de 2010. Era possível acertar o relógio por cada passo do preparo, desde o descascar da mandioca até o destino final: o beiju. O pão de cada dia da tribo. Compartilho com vocês uma parte do slideshow que pode ser encontrada na íntegra no youtube.