Quando assisti ao filme a “Invenção de Hugo Cabret” ontem (que ganhou o Oscar de melhor direção de arte em 2012), duas lembranças se avivaram em minhas memórias. Uma delas, meu avô e bisavô cineastas, que começaram seus ofícios bem na época que o diretor Scorsese descreveu primorosamente no filme: os anos 1920. Ele já inicia o enredo numa homenagem aos primeiros cineastas com um plano sequencia que já gruda nossos olhos na tela, numa comoção muito semelhante à provocada nos primeiros expectadores do cinema. E, durante todo o filme, pude reviver o brilho nos olhos de meu avô quando contava sobre suas primeiras produções nesses mesmos anos 20.
A outra lembrança foi de meu querido amigo, o artista plástico Juarez Fagundes, que há anos faz a decoração de Natal do Shopping Iguatemi e, por alguns anos, a do extinto banco Real na Avenida Paulista (SP). Cada detalhe de seu trabalho enche de boas vibrações e luzes a cidade, às vezes opaca, de São Paulo na época do Natal. Quem conhece bem de perto seu trabalho sabe do que estou falando. O esmero na recriação de cidades cenográficas, muitas ambientadas nos anos 20 com lojas e brinquedos do filme de Scorsese.
Quando sentei hoje para escrever o texto da receita, depois de ter mandado um e-mail para o Juarez falando sobre o filme, me toquei que aprendi essa sobremesa com ele. Rápida num pa-puf, já está na mesa dos convidados ou em nosso colo quando bate a vontade de comer um doce.
Celebrei as sincronicidades da vida junto com meu avô, Scorsese, meu amigo Juarez e os doces sabores de quem sabe mimar todos os nossos sentidos com seu ofício.
Ingredientes
- 4 bananas nanica
- 4 colheres de café solúvel tradicional
- 1 tablete de chocolate Diamante negro
Modo de Preparo
Corte o chocolate em pedacinhos pontudos e tire uma faixa da casca das bananas.
No espaço sem casca, espalhe o café solúvel e espete o chocolate. Leve ao microondas por 2 minutos e retire.
Eu amo todas essas receitas.
Amei a receita de chocolate,café e banana, simples e com aspecto muito bom, já deu água na boca