O chá preto, como nós já contamos aqui, é o mais oxidado entre todas as bebidas produzidas pela Camellia sinensis. Mas existe uma versão chinesa que leva esse processo muito mais a sério: o Pu-ehr. Isso porque a variedade é pós-fermentada, ou seja, fica anos refinando o aroma e o sabor antes de chegar a qualquer xícara. A equipe do Mexido de Ideias experimentou e garante que, neste caso, o ditado está correto: Quanto mais velho, melhor!
O chá é originalmente cultivado no condado chinês de Pu’er. O que mais chama atenção é o método de produção: Após ser colhido, ele é prensado em forma de bolacha e enterrado debaixo da terra por, em média, 15 anos. Este processo de envelhecimento valoriza o gosto e o aroma da bebida, assim como ocorre no vinho e no uísque, por exemplo.
Até pouco tempo atrás, a variedade custava uma pequena fortuna. Hoje o preço já é bem mais acessível, o que aumentou as vendas do Pu-ehr – os produtores enfrentavam dificuldades em comercializar um chá tão caro.
Para consumir, basta tirar pequenas lascas desta tal bolacha (tomando cuidado para não quebrar as folhas) e colocar em água quente para infusão. O resultado é um chá com sabor mineral e terroso característico, e que é conhecido por deixar a pessoa bem alerta.
O legal é que as folhas podem ser colocadas na infusão mais de uma vez, mudando as notas de sabor a cada passagem. Quanto tiver a oportunidade de experimentar, não perca. Você também ficará intrigado com o Pu-ehr.
Por: Lucas Tavares
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