Passei o fim de ano em Minas Gerais, e apesar de ser tão pertinho de São Paulo, foi a primeira vez em que estive em Tiradentes e Inhotim. A cidade histórica que recebe festivais tão badalados como os de Gastronomia e Cinema surpreendeu-me pela elegância, boa mesa (sofisticada e territorial) e pelos cafés, degustados com os mais diversos quitutes locais.
Um deles, o queijo da Serra da Canastra, patrimônio cultural do Brasil desde 2008, foi o que mais me encantou. Já fiquei atraída pela harmonização quando Regina, simpaticíssima gerente da Loja Rocambole, me apresentou a combinação falando naquela mineirice contagiante: “Um queijim com cafezim, que delícia pra essa hora da tarde”.
Confesso que não resisti e comprei o queijo que só conhecia de ouvir falar, e pelo filme O mineiro e o queijo. Cortei uma fatia lá na cafeteria Rocambole mesmo, e deliciei-me com o espresso que ela me serviu.
O canastra, por ser um queijo curado, tem um sabor acentuado e salgado. Diferencia-se da maioria dos outros queijos mineiros pelo modo de preparo e criação do gado leiteiro. Para produzi-lo são utilizados cerca de 10 litros de leite e o processo de cura é feito artesanalmente por no mínimo 22 dias.
O resultado é um sabor único, que com o espresso compõe uma parceria singular ao nosso paladar. Trouxe o resto do queijo para São Paulo para degustar com os espressos TRES: Vibrante, Pleno e Supremo. Esperava com isso indicar o favorito para a degustação. Todos são ótimos, todos se completam com o consagrado Canastra. Não consegui eleger um favorito.
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