Parece mágica o jeitinho como a farofa de pipoca derrete na boca. Quando experimentei pela primeira vez no Restaurante É, em Recife, acompanhando de um suculento filé que também derretia na boca pensei: “Isso é que eu chamaria de cozinha molecular tupiniquim!”. Afinal, a pipoca se transforma em algo irreconhecível, com textura surpreendente e um admirável coadjuvante para qualquer ator principal. Muito fácil de preparar!

Porém, nem só de ótima culinária vive o Recife. Esta cidade tão singular, que no começo do século XX se cogitava ser a capital cultural do Brasil, se destaca também pela sua proximidade com a Europa. O carnaval é imperdível. Aliás, estou mais para o frevo e maracatu do que para o samba. E, certamente, a coreografia acrobática da dança com seus guardas chuvas coloridos é uma grande marca do nosso folclore. Frevo, corruptela da palavra ferver, é um ritmo brasileiríssimo que inspirou e ainda inspira grandes compositores brasileiros como Villa Lobos, Edu Lobo, Egberto Gismonti, Marcos Valle, etc, etc.

Como sempre, comecei falando de pipoca e acabei em frevo. Isso é que é o bom na vida, agraciar todos os sentidos. Experimente! É facílima de preparar e degustar ao som de um frevo.

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