Outro dia me lembrei desse drink e do programa homônimo que eu assistia ainda criança, o “Crush em Hi-Fi”, precursor da Jovem Guarda. O nome Hi-Fi foi inspirado nos aparelhos de alta fidelidade (em inglês: High Fidelity), que revolucionaram o mercado do consumo musical, tanto quanto os mp3. Com eles, era possível ouvir o rock em todas as suas nuances, principalmente nas baladinhas caseiras onde Elvis e Chuck Berry cantavam como se fosse ao vivo.
Nunca faltava a bebida nessas festas. Ela era feita com vodka e refrigerante Crush. Alguém se lembra? Produzido pela TV Record, o programa mencionado promovia o rock nacional ascendente e era patrocinado pelo refrigerante. O trocadilho era bem espertinho. Foi ali que surgiu Ronnie Cord e os irmãos Celly e Tony Campelo, cantando rocks americanos com letras vertidas para o português.
Quem conhece as músicas Estúpido Cupido, Biquini de Bolinha Amarelinha e Banho de Lua? Ao som da alta fidelidade, os cantores dançavam rock e twist bebendo Hi-Fi. Eu não perdia o programa, mas só pude experimentar a bebida bem mais tarde, pois ainda era um projeto de pré-adolescente.
Minha recomendação do drink, que ficou um luxo com Frisco, vai junto a um convite a essa visitinha ao passado. Talvez depois de ouvir Rua Augusta de Ronnie Cord , certamente desconhecida dos jovens, possam entender melhor a referência irônica de Hey Boy de Os Mutantes, feita alguns anos depois.
Ingredientes
- 1 pacote de Frisco sabor laranja
- ¾ de litro de água gelada
- 6 cálices de vodka
- Gelo a gosto
Modo de Preparo
Coloque a vodka junto com gelo a gosto.
Dissolva o Frisco em água gelada e misture com a vodka. Sirva em copo de drink.
"No pequeno mundo do teu carro, o tempo é tão pequeno"… o Crush pode ter ido embora, mas os boys continuam por aí! Grande dica, Stela!
Valeu a pena lembrar os tempos do Hi-Fi, da Cuba libre, em que os copos ficavam fosforescentes com a "luz negra" das discotecas! Saudades do sabor e da alegria da época! abs,
Chris
Nossa, que boa lembrança, os drinks fosforescentes na luz negra!
Adorei, escreva sempre.
Beijos,
Stela.