Acabei de voltar de Oaxaca, um dos estados do México onde se firmou o grande Império Zapoteca em 900 a.C. Muito próximo ao centro histórico da cidade estão as ruínas da cidade de Monte Albán, bastante bem conservadas. O complexo de pirâmides abrigava espaços de cura e da residência real, ou seja, local onde o poder central da cidade ficava. Curioso são os campos de “pelota”, com o gramado ainda impecável e as arquibancadas laterais intocadas. Esse perigoso esporte colocava em risco seus participantes por conta da dureza da bola feita de látex maciça. Parece também que os perdedores eram sacrificados aos deuses para garantir uma colheita farta, mas nem só de agruras viviam esses mais antigos povos pré-colombianos.

Num pequeno museu ao lado, resquícios de murais que se descolaram das construções principais estão bem conservados, como “os dançantes”. Esses baixos relevos na pedra mostram que a vida também podia ser bem divertida por aquelas plagas. O México surpreende em todos os aspectos culturais e, para quem acredita que a culinária mexicana é Tex Mex (misto da culinária mexicana e texana), pode ter deleites inesperados. Como o “Mole negro”, molho com pimentas e chocolate que acompanha frangos e perus ou com a prosaica tequila dourada, que eu trouxe na mala e criei esse refrescante drink. Tudo em homenagem aos meus novos amigos de Oaxaca, misturando um pouco de Brasil, Itália e México.

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