Cobertura de bolo com chantilly de café

Está aí um truque para transformar um bolinho frugal em uma exuberante sobremesa digna das cortes francesas. Se recheá-lo, então, está para Luís XIV nenhum botar defeito. Fora o suntuoso visual, a sobremesa fica boa pra “dedéu”.

Sobre o invento desse delicioso creme, existem controvérsias. Alguns atribuem a François Vatel, mestre de cerimônias e chef francês. Ele trabalhou na corte de Luís XIV e posteriormente no Castelo de Chantilly, onde por descuido teria inventado o creme, numa daquelas manobras desesperadas na cozinha. Quem é cozinheiro habitual certamente já passou por isso. O creme de leite que usaria numa sobremesa azedou e ele resolveu batê-lo com vigor. O resultado foi essa maravilhosa nuvem saborosa que derrete na boca, o chantilly.

Essa cena pode ser vista no filme “Vatel“, baseado no livro de Jeanne Labrune, lindamente adaptado ao cinema pelo roteirista e escritor inglês Tom Stoppard. Se é ou não verdade, nunca saberemos. Existem relatos de cozinheiros florentinos que, anteriormente, já faziam esse creme, o que me parece bem mais plausível.

Mas vamos ao nosso bolo. Hoje, quando a batedeira faz o trabalho duro, podemos temperar nosso chantili com sabores de nossas preferências. O café ficou adorável. Ele combina com qualquer sabor de bolo em minha opinião. Do chocolate ao abacaxi, passando por todas as frutas. Os de caixinha, o da “padoca” mais próxima ou aquele que você costuma fazer em casa.

Depois é só finalizar com a cereja do bolo, que pode ser qualquer confeito. Dos coloridos ao de brigadeiro.

E, que tal, degustar a sobremesa em frente a TV assistindo ao filme Vatel?