A receita de hoje é de origem mineira, porém, muito apreciada em algumas cidades brasileiras, principalmente em dias frios. Mas, descobri que, em alguns lugares, é um prato típico bastante consumido durante as festas juninas. Sendo assim, o acrescentei no cardápio dos festejos do mês.
Antes de falar um pouco mais sobre a receita, registro: o interessante é que esse mesmo prato é preparado da mesma forma, mas, muitas vezes, com diferentes ingredientes de uma cidade pra outra.
Então, como não poderia deixar de ser, também inovei. Na verdade, ousei um pouquinho e substituí o ingrediente principal. O prato, conhecido como Canjiquinha (no Espírito Santo também como Péla Égua; no Nordeste, o Xerém) é feito com a Quirera, bastante utilizada na alimentação de pássaros. Mas, eu o elaborei com a canjica amarela ou Mungunzá, como conhecida no Nordeste.
A quirera é um milho triturado grosseiramente, mas com granulação que ainda não passa pelos furos de uma peneira, já a canjica amarela tem o formato dos grãos maiores.
Nesta receita, a ‘Canjiquinha’ tem o sabor reforçado pela carne de porco. Péla-Égua é um nome popular dado ao prato. E, de acordo com a história, o nome surgiu com os tropeiros, que se alimentavam deste prato quente e soltavam flatulências em cima da égua que os transportavam. Foi um prato bastante consumido pelos tropeiros, principalmente por ser uma receita rústica e elaborada com ingredientes baratos.
Hoje, o prato está mais aprimorado. A receita original não leva paio, mas eu resolvi acrescentar este ingrediente para dar um ar mais picante ao paladar. Eu não o conhecia, mas trocando ideias com a Carla e aproveitando o mês de São João não tive como não testar. Posso dizer agora que é um prato cheiroso e ‘pecaminoso’, que atraiu todos os animais da vizinhança durante o preparo.
Quem gosta e consome desenvolve algumas versões. A Carla, por exemplo, opta muitas vezes por uma versão light e utiliza o peito de frango cortado em cubos em vez da carne de porco. É uma boa solução.
Porém, minha receita foi baseada na tradicional. Sem contar que pensar em coisas lights no mês de junho, repleto de festas juninas, é difícil. Vamos aproveitar que é um prato servido em prato fundo, que se consome bem quente, e aproveitar o clima e festejos do mês. Aliás, hoje é um bom dia para prepará-lo, não acha?
Ingredientes
- ½ kilo de canjiquinha amarela (mungunzá)
- 600 gramas de costelinha de porco fresca (suam)
- 200 de costelinha de porco defumada
- 100 gramas de lombo de porco fresco
- 1 paio
- ½ xicara de óleo vegetal
- 1 cebola grande cortada
- 2 dentes de alho
- Cebolinha e pimenta dedo de moça para enfeitar o prato
Modo de Preparo
Deixe a canjiquinha de molho por ½ hora na panela que ira ser cozida. Coloque para cozinhar até ficar macia. Numa panela grande, refogue a cebola, o alho.
Quando estiverem dourados frite as costelas frescas até soltar bastante gordura e o lombo até dourar bem.
Por fim coloque as costelinhas defumadas e o paio. Adicione a canjiquinha com a água do cozimento e vá acrescentando mais água e mexendo até ficar um caldo bem cozido. Sirva com cebolinhas picadas e pimentas vermelhas.
Dica #1: Você também pode optar pela panela de pressão, pois o cozimento é mais rápido. Assim, pode refogar a cebola, o alho, fritar as costelas e o lombo até dourar bem. Após acrescentar as costelas defumadas e o paio, refogue junto a canjiquinha e complete a panela com água, pelo menos até a metade. Tampe e deixe cozir.
Dica #2: A canjiquinha incha bastante durante o cozimento. É importante ficar atento ao nível da água caso opte pela panela de pressão. Coloque, no mínimo, água pela metade da panela.
ola tudo bem.eu adorei essas receitas.eu queria receber em minha residençia.eu nao tenho impressora.abraços
eu adorei essa receita e muito nutritiva e tem muitos caucios ja fiz para os meus 17 filhos e eles adoraram e vou fazer de novo eu sou felipe tenho 17 anos e adorei essa receita.
Tudo de bom, esta receita é espetacular, só provando prá saber o que é…