Enquanto o mundo esperava a fumaça branca da chaminé do Vaticano, nós do Mexido de Ideias estávamos interessados na que saía da xícara do Papa! Sim, tanto ele quanto todo o Vaticano adoram café e não qualquer um. O grão é brasileiro!
Ele vem da Chapada da Diamantina, na Bahia, e é do tipo arábica. Trata-se de um cereja descascado (maduro e sem casca) orgânico. Mas, como nossa bebida foi parar na Itália?
Em 2010, o Vaticano resolveu escolher o tipo de grão a ser consumido por lá. Steve Lieghton, um microtorrefador britânico foi o responsável por enviar amostras do café brasileiro para Roma. Desde essa época, a fazenda Aranquã (de Ibicoara/BA) produz 30 sacas por safra totalmente exclusivas para agraciar o paladar papal.
O que é mais curioso nessa história toda é que, até cerca de 1570, o café era considerado proibido aos cristãos. Somente depois que o Papa Clemente VIII tomou a bebida que seu consumo foi liberado, não só para os fiéis, mas para toda a Europa. Além de se apaixonar por seu gosto, abençoou o cafezinho e derrubou tabus que, na época, eram impostos ao grão.
Nessa guerra de amor e ódio entre nosso cafezinho e o Vaticano, uma coisa é certa: habemus coffea (Temos um café, em latim)!
Por: Lucas Tavares
Só sei dizer uma coisa, amo um bom café.