Ela nasceu em Paris e vive na metrópole há mais de 60 anos e não se vê longe da bagunça da da “cidade grande”. Respira tudo que a cidade luz tem para oferecer de bom e de ruim. Falo de Monique Paliargues, chamada carinhosamente como Momo, que me recebeu carinhosamente em seu apartamento em duas ocasiões diferentes: há 3 anos, quando a conheci, e agora em 2010. Decidi mudar um pouquinho o Museu da Xícara desta vez para torná-lo internacional, assim como fizemos com a série especial Mexido na França.
Ex-funcionária do banco HSBC de Paris, Momo conheceu grandes figurões da cidade principalmente depois que foi transferida para uma das regiões mais luxuosas: 16º arrondissement. Agora, aposentada, ela teve bastante tempo para me apresentar a maioria dos cantinhos e cafés de Paris. Uma ótima anfitriã e uma guia incansável, pois esbanjou energia durante as longas horas de caminhada entre um ponto turístico aqui e outro café acolá. Ela realmente me deu um “banho de disposição” com seus 60 e poucos anos, enquanto eu lutava contra o cansaço de caminhadas banhadas por flocos grandes de neve e vento cortante. Pena que depois de quatro dias nas ruas parisienses, que peguei uma gripe desnecessária. Perdi, no mínimo, 3 dias maravilhosos do meu roteiro. “Enfin…c’est la vie”, ela disse com um sorriso de canto de boca.
Dentre os diversos itens da mesa do café da manhã (entre eles, confitures – geléias caseiras -, ficelles – uma versão menor da baguette que é uma delícia -, manteiga, café fresquinho e outras guloseimas francesas) não pude deixar de notar a sua caneca favorita. E agora, ela se torna oficialmente mais um item de nosso Museu.
“Em uma de minhas andanças pela cidade, pois adoro caminhar sem rumo quando tenho tempo, eu a encontrei no cantinho de uma vitrine de uma dessas lojinhas de Paris. Achei as flores lindas e, agora, ela está comigo há 10 anos”, conta Momo. Sua borda fina simula a praticidade de uma xícara e a asa (o cabo) completa a delicadeza da peça. Sem mencionar a variedade de flores que estampam a caneca. “Adoro flores e esta caneca me pareceu perfeita!”, conta.
Na lembrança, carrego a gentileza de Momo e recordações de uma gripe. Nosso museu ganha uma peça que, sem dúvida, é especial.
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