Quem diria que o mundo da pirataria chegaria às plantações da Camellia sinensis? Aqui no Mexido de Ideias você já leu sobre a curiosa cidade de Darjeeling, localizada no sul da Índia e dona do mais famoso e sofisticado chá preto do mundo. O “champanhe dos chás” costuma ser vendido por altíssimos preços (R$ 46 por 50 g, em média). Se os valores espantam, é fácil imaginar que existam pelo mundo falsificações dessa bebida.
Por conta disso, as autoridades do chá na Índia resolveram criar condições mais rigorosas para a venda, favorecendo os 87 jardins da região. Para usar o nome Darjeeling, será preciso uma licença especial – e que 100% das folhas presentes sejam provenientes da região. Os produtores agora estarão sujeitos a inspeções para verificar a procedência da bebida.
“Ninguém poderá vender nem exportar chás com a marca Darjeeling ou se envolver em atividades relacionadas ao produto sem uma autorização por escrito da India Tea Board”, disse um executivo da associação ao jornal local Economic Times.
A decisão foi tomada por conta da crescente onda de versões adulteradas do Darjeeling, produzidas principalmente no Nepal e vendidas na Índia pela metade do preço. A prática de misturar o autêntico chá preto com versões de outras regiões era permitida, mas a partir de agora foi proibida.
O exemplo utilizado pelas autoridades foi o Sri Lanka – país também conhecido por produzir chá preto de altíssima qualidade. Lá todas as versões importadas passam pelo rigoroso controle das associações locais.
E o que tudo isso significa aos consumidores? A garantia de estar consumido o verdadeiro Darjeeling – que já virou até ponto turístico! Nós do Mexido de Ideias já experimentamos esse chá preto e garantimos: Preservar toda essa história (e sabor) é mais do que necessário.
Por: Marina Oliveira
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