Gosto de liberdade

Quem não se lembra daquele momento da vida em que temos o primeiro gosto de liberdade, quando nos sentimos donos do nosso próprio nariz? É desse sentimento que essa delicada caneca da “Sininho”, personagem dos filmes da Disney, está cheia. A estudante Renata Chimello, de 19 anos, a comprou em 2007, durante uma viagem aos parques temáticos da produtora com sua irmã: “Estava com 13 anos, animadíssima com minha primeira viagem internacional. Por mais que o destino seja relativamente simples, voltei definida, sabendo quem era e o que queria”, diz.

Porém, não só de maravilhas foi feita a história desta caneca. Após sair do Brasil, o avião de Renata fez uma escala no Panamá. Lá, descobriu que não poderia nem ir para Orlando e nem voltar para o Brasil, pois não encontrava seu passaporte. Após refazer caminhos, rebolar com um espanhol improvisado, conversar com 1001 funcionários e perder muito tempo, a estudante resolveu o problema. Mesmo assim, só conseguiu partir para a Disney no dia seguinte. “Essa é uma daquelas histórias terríveis na hora e ótimas quando resolvidas. Perdi um dia de compras, mas ganhei um carimbinho no passaporte!”, brinca.

Após o sufoco, foi só curtição! Renata garantiu a caneca no último dia de visita. Mas, a estudante levou para casa muito mais que o souvenir. Ela conta que “a viagem foi um divisor de águas, um gostinho de liberdade e o começo da minha paixão pelo mundo. Adoro culturas, paisagens, línguas, pessoas e lugares diferentes”. Claro, foi ótimo voltar com uma peça tão bonita e cheia de significado para casa.

Sua peça pode até ser internacional, mas é o cafezinho brasileiro que reina nela. “Como todo bom paulistano, tomo café pela da manhã e depois do almoço. Aquele horário de confraternização, da conversa com a família ou com amigos, ou simplesmente parar para descansar e saborear os diferentes sabores do grão”, conta.

A estudante diz que a bebida com leite e açúcar orgânico sempre cai bem em suas horas intermináveis de estudo. Aliás, café cai bem com tudo! Quem concorda?

Por: Lucas Tavares