Mundo do café29 de setembro de 2013
As porcelanas que a dona de casa Rita de Cássia Silva mais gosta, curiosamente, foram dois presentes de um único amigo, o jornalista Alberto Coutinho. A primeira traz a figura do Papai Noel e, “entra ano, sai ano, eu só tomo café ou leite com ela. A outra foi quando ele descobriu minha paixão pelo Pernalonga. Me emociono, pois ainda existem pessoas que têm sensibilidade diante de sonhos que temos. Por isso, estas duas canecas são especiais para mim”, conta.
“Gosto muito de louças e porcelanas, pois sempre vi peças lindas nas casas das minhas tias. Se pudesse, teria várias xícaras e canecas!” A do Pernalonga, ela nem usa. Deixa guardada com medo de que ela quebre, tamanho é o ciúmes da peça.
Além de se lembrar do amigo com carinho, a dona de casa tem uma memória de infância inesquecível envolvendo o grão. “Eu me reunia com as amigas para brincar de ‘comidinha’. Improvisávamos um fogão com dois tijolos e, usando latas de doces como panelas, inventamos de fazer café. Na falta do coador, usamos pano de prato. O sabor era agradável. Nunca me esqueço, pois foi o primeiro cafezinho que fiz na vida. Ainda sinto o cheiro”.
Rita diz que prefere coados, sempre bebidos pelas manhãs e após o jantar. “O café remete a aconchego, amizade, família e carinho entre as pessoas. O cheiro traz felicidade”. Ela conta que sempre tem algo para acompanhar, como pão com ovo, broa de aveia e laranja, bolo recheado ou de fubá.
Por: Lucas Tavares
Muito obrigada. Estou muito feliz por contar a história das minhas canecas e homenagear quem me presenteou.
O prazer foi todo nosso Rita de Cassia!! Obrigada por fazer parte de nossa coleção de histórias e xícaras =D
Muito me emociona o relato da minha amiga Ritinha sobre dois presentes tão singelos e repletos de significados. Agradeço pelo carinho e a amizade cultivada ao longo de mais de duas décadas.