Por Diego Moreno Salmen

Quem anda pelas ruas de Montevidéu respira ares bucólicos em meio ao presumível caos de uma capital nacional. Uma das formas que os uruguaios têm de sinalizar essa inesperada tranquilidade é o ato de beber mate.

Estejam onde estiverem, nossos irmãos da banda oriental carregam a tiracolo uma garrafinha térmica para degustar o tradicional chá, num hábito que transcende gerações, cores e classes sociais.

O mate, apesar da imensa popularidade, não é a única entre as bebidas preferidas no país vizinho. Lá como cá, o café guarda lugar especial no paladar nacional. Há, porém, uma maneira de serví-lo que evidencia ainda mais o bucolismo da maior cidade do Uruguai.

Enquanto os estádios no Brasil passam por um lento processo de modernização, com uma oferta cada vez maior de produtos e serviços, os homólogos uruguaios permanecem afeitos à tradição.

No Estádio Centenário, sede da final da primeira Copa do Mundo, em 1930, o torcedor tem a sua disposição um simpático cafezinho oferecido por vendedores apressados em uma curiosa cafeteira portátil.

Comercializado a preços módicos, o cafezito foi sucesso garantindo entre os hinchas, torcedores uruguaios que assistiam a uma partida entre Defensor Sporting e São Paulo.

Cerveja? Que nada. Os brasileiros presentes ao Centenário comemoraram a vitória do clube paulista degustando o refrescante amargor do grão negro.

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