Doce ou salgada, ela é tão importante que já é considerada Patrimônio Imaterial e Cultural da cidade de Olinda (PE). A tapioca ou beiju, como também é conhecida, faz parte das raízes culturais do Brasil! A receita tem origem indígena, e é produzida desde antes da colonização. Hoje, ela saiu das barraquinhas e vendas de rua e conquistou território em grandes restaurantes e bistrôs. E o melhor: acompanha como ninguém uma boa xícara de café!
A tapioca é feita com a fécula da mandioca. Ao ser espalhada por uma superfície quente, ela sofre uma coagulação e se transforma em um tipo de panqueca. Este é o motivo de seu nome: ele se origina de “tipi’oka” ou “coágulo” em tupi. O prato servia como alimento de subsistência para os índios que vivam aqui antes da chegada dos portugueses.
Para entendermos um pouco mais sobre a relação desse alimento com a cultura nordestina, conversamos com o chef Wanderson Medeiros, do Espaço WGourmet do restaurante alagoano Picuí. “A tapioca dá muita energia, o que a torna ideal para o sertanejo começar bem o dia”, conta. O recheio mais popular é o de coco com queijo coalho. Mas há opções para todos os gostos: de frutas, com chocolate e até com carnes.
Para você degustar tanto sabor, pedimos ao chef que nos ensinasse uma receita da boa e velha tapioca nordestina. Papel e caneta na mão? Vamos ao passo a passo:
Tapioca com calda de morango
Ingredientes
1 colher (sopa) de semente de papoula ou gergelim
200 g de morango
80 g de açúcar
60 ml de água
1 colher (sopa) de raspas de chocolate
200 g de goma
1 pitada de sal
Modo de Preparo
Em uma frigideira antiaderente bem aquecida, espalhe as sementes de papoula e peneire a goma por cima, formando um disco de tapioca. Deixe assar dos dois lados. Depois, aqueça a água em uma panela e acrescente o açúcar. Coloque as fatias de morango e deixe cozinhar até reduzir e obter o ponto de calda. Recheie a tapioca com a calda ainda quente e junte as raspas de chocolate.
Para acompanhar, escolha o seu café predileto! Nada melhor do que uma xícara quentinha para acompanhar tanta história e cultura.
Por: Lucas Tavares
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