Quem mora em São Paulo provavelmente já deve ter visto reportagens e alertas sobre a seca e a falta de água. Em diversas cidades do País, o uso consciente desse líquido tão valioso é assunto antigo. Para economizar a utilização no campo, o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, criou duas novas tecnologias que contribuem para o racionamento dentro das plantações do grão: o Sistema para Limpeza de Águas Residuárias e o Estresse Hídrico Controlado.
A primeira tecnologia, também conhecida como SLAR, pode reduzir o consumo da água em até 76%, por meio da reutilização. Depois de ser usada no processamento do café, ela ainda serve para a fertiirrigação (adubação que leva nutrientes ao solo). Além disso, os resíduos sólidos que sobram da primeira etapa podem se transformar em compostos orgânicos.
Já a tecnologia chamada de Estresse Hídrico Controlado se baseia, como o próprio nome diz, no controle da irrigação em estações secas do ano. O produtor interrompe a distribuição de água por 72 horas, sincronizando e uniformizando o crescimento dos frutos do café. Este procedimento, segundo o site do Consórcio Café, aumenta a produtividade em até 15%, diminui a operação de máquinas em 40%, reduz grãos mal formados em 20% e os custos com água e energia em 35%.
O resultado das novas tecnologias poderá ser sentido no bolso e, claro, na consciência do produtor – que economizará dinheiro e poupará este líquido tão precioso para amantes do café.
Por: Lucas Tavares
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