Graças ao estado capixaba, o Brasil é o segundo maior produtor de café robusta do mundo, perdendo somente para o Vietnã. Devido às suas regiões baixas e temperatura elevada, este tipo de cultura se consolidou no Espírito Santo desde o fim da década de 1920. Atualmente, o estado é responsável por 65% da produção nacional de conilon.
No passado, a maioria dos agricultores que plantava café arábica tinha medo que suas lavouras fossem substituídas pelo robusta, pois seus custos de produção são bem menores e atingem altos índices de produtividade. O Brasil como participante da Organização Internacional do Café (AIC) também tinha ressalvas quanto à inclusão deste tipo de cultura. A grande preocupação era promover uma divisão das cotas brasileiras entre arábica e robusta e, conseqüentemente, gerar diminuição na receita cambial do país. Isto fez com que os produtores interessados no plantio de robusta arcassem sozinhos com a inclusão e desenvolvimento das novas lavouras de conilon. Não houve qualquer tipo de auxílio financeiro do governo.
O sucesso de tanto trabalho e dedicação não seria possível sem algum tipo de organização. A criação do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (INCAPER) e do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CETCAF) são exemplos claros e atuais da preocupação em garantir qualidade e apoio aos produtores. A Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (COOABRIEL) fornece um material super rico sobre a história e implementação da cafeicultura no Espírito Santo. Se você quer mais detalhes, confira aqui.
Tanta coragem e perseverança deram ao estado o título de segundo maior produtor de robusta do mundo. Parabéns aos agricultores capixabas visionários. A eles, todo meu respeito!
Café do Espírito Santo (Robusta)
Robusta (73%)
Altitude média: 100 – 300 metros
Variedades de café mais cultivadas:
Canephora Conillonis
Sabor:
Apresenta características neutras
Algumas Cidades produtoras:
Nova Venecia, Sao Gabriel da Palha, Linhares, Colatina, Rio Bananal, São Mateus, Vila Valério, Aguia Branca
Algumas Fazendas da Região:
Produtor: Vagno Penitente
Local: Córrego Várzea Alegre – Vila Valério
Produtor: José Bento Brunatti
Local: Córrego Dourado – Vila Valério
Produtor: Luis Carlos e Marcos Aurélio Bachanelo (irmãos)
Propriedade: Sítio cachoeirinha
Local: Córrego da Prata – São Gabriel da Palha
Produtor: Paulo Oliari
Local: Alto Liberdade – Marilândia”
Existe também um Centro do Comércio de Café de Vitória que pode ajudar no processo de compra de cafés da região. Para saber mais, acesse o site.
Como isto poderia ser bom se o robusta tem uma qualidade bem inferior ao arábica?
Olá Adriano, tudo bem?
Durante muitos anos o café robusta ficou em segundo plano por não oferecer grãos de qualidade, mas esta realidade está mudando. Muitos produtores estão investindo em robustas de qualidade para um mercado que começa a se despertar para este produto.
A jornalista Giuliana Bastos já escreveu sobre este assunto na reportagem – Cai o mito: café robusta pode ser bom (http://comida.ig.com.br/colunistas/giulianabastos/cai+o+mito+cafe+robusta+pode+ser+bom/c1596949220229.html).
A barista premiada Isabela Raposeiras também já notou que o robusta pode ser de qualidade. Confira aqui – http://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/giro…
Espero ter esclarecido sua dúvida 😉
Abraços!
Com certeza esclareceu, obrigado e abraços.