Vítima de uma estratégia fraca de marketing, infra-estrutura precária e falta de apoio aos produtores locais, os cafeicultores de Honduras sofreram (e ainda sofrem) para manter suas plantações. Existe certo preconceito quando se fala de café hondurenho. Na maioria das vezes, ele recebe o rótulo de “ordinário” e, mesmo sendo de boa qualidade, não é comercializado com um bom preço. Sem um valor superior para a qualidade, o fazendeiro, a indústria e os exportadores não têm nenhum incentivo para incorrer a despesa adicionada, que viabilizaria seu grande potencial. Assim, o café de Honduras segue como um bom ingrediente suave e não como um café valioso de origem.
Por muitos anos os países vizinhos (tais como Guatemala, El Salvador e Nicarágua) investiram pesado para aumentar sua presença no mercado cafeeiro internacional, o que resultou em preços mais altos. Neste mesmo período, o café de Honduras recebeu pouca atenção.
Ironicamente, muitos grãos produzidos nos distritos de Copan e Santa Barbara são contrabandeados para a Guatemala e vendidos como se fossem de lá. Onde está o critério de qualidade? No selo de origem ou no sabor do grão? Antes de qualquer coisa, abra sua mente e experimente.
Atualmente, esta realidade está mudando! O café do país conquistou ótimas notas na Annual Cup of Excellence Competition e está chamando atenção. Alguns importadores e distribuidores da América do Norte já sinalizaram interesse e, assim, a indústria cafeeira hondurenha ganha fôlego para continuar produzindo e melhorando seus índices de qualidade. O governo ainda incentiva o turismo nas fazendas para que o consumidor se aproxime ainda mais e conheça o processo do pé à xícara. Achei um filme interessante que mostra um pouco os tours de Honduras.
Sobre a qualidade dos grãos, posso adiantar que o país produz café lavado, limpo, com boa acidez e sabor, mas, na maioria das vezes, seus grãos não se enquadram na categoria gourmet. Mesmo assim, são dignos de serem grandes ingredientes para blends deliciosos. Suas regiões produtoras se concentram em: San Marcos de Colon, Marcala e West Central Honduras.
De acordo com o site Café de Honduras, não existe registros oficiais que narrem a chegada do grão ao país. Alguns dizem que a planta chegou por meio de mascates palestinos vindos da Costa Rica e foi cultivada em Manto, pequena cidade de Olancho. Outros afirmam que a planta chegou à província de El Paraíso, uma das maiores regiões produtoras de café, também proveniente da Costa Rica. Quem tem a razão? Você escolhe!
Historicamente, Honduras sofreu com tragédias naturais entre 22 de Outubro e 5 de novembro de 1998. O furacão Mitch, por exemplo, causou perdas diretas de quase 500.000 sacas de café. Ele foi o mais devastador dos últimos 200 anos e o segundo maior em número de mortes.
Curioso em conhecer outros produtores de café?
Explore nosso mapa e clique no país desejado para saber suas peculiariedades na produção de café.
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