As doenças do cafeeiro: Ferrugem

Sabe quando o tempo está quente e cai aquela chuvinha? Pois é, este é o clima ideal para a propagação da mais importante doença do cafeeiro – a ferrugem. Seus sintomas aparecem discretamente na parte inferior das folhas dos cafeeiros e, se não for cuidada, pode dizimar a plantação.

O primeiro registro de ferrugem no Brasil foi em 1970 e, desde então, pesquisadores se dedicam para controlar esta doença. O fungo Hemileia vastatrix ataca o cafeeiro depositando seus esporos (‘sementes’ dos fungos) nas folhas inferiores de cada pé. Estes, além de provocar lesões e morte dos tecidos da planta, diminui a área foliar, que é tão importante para o equilíbrio e desenvolvimento da planta.

A grande preocupação do produtor que identifica esta praga em sua lavoura é sua propagação, que pode ser bem rápida. Os esporos são facilmente espalhados pelo vento, animais, insetos e principalmente pelas gotas de chuva. O resultado pode ser desanimador: de acordo com estudos, esta praga pode representar de 35 a 40% de perda nos cafés arábicas.

Existem alguns cuidados básicos para evitar a proliferação da ferrugem na lavoura:
1 – Plantios mais espaçados não favorecem o surgimento de microclima (sombrio e úmido), evitando a proliferação do fungo.
2 – Adubação eficiente tornará a planta mais saudável e menos suscetível a doenças.
3 – Colheita bem feita evita que o cafeeiro desvie o envie nutrientes para outras partes da planta.
4 – Opte pelo cultivo de variedades de café menos suscetíveis a doença como Tupi, Obatã Catucaí Vermelho e Amarelo,

Se você quiser se aprofundar neste assunto, encontrei um artigo bem interessante e completo aqui. Lembrando que, mesmo com medidas como essas, a consulta de um engenheiro agrônomo não é dispensável. Na dúvida, procure um especialista.

Fonte: Livro Cultura de Café no Brasil Novo Manual de Recomendações
Imagem: Centro do Comercio de Café do Estado de Minas Gerais