Muito se engana quem pensa que as xícaras são apenas coadjuvantes no ritual do café. Seus inúmeros formatos, materiais e tamanhos devem ser pensados de forma cautelosa para valorizar mais as características das bebidas que recebem. Foi com esta preocupação que o especialista e coffee hunter, Ensei Neto, elaborou com a ceramista Gisele Gandolfi (do Ateliê Muriqui) uma xícara especial para café espresso: a AYUMI.
O projeto, feito a quatro mãos, levou um ano para ser finalizado e resultou em uma xícara que é capaz de manter a temperatura por um pouco mais de tempo. A formação da crema também é facilitada pela sua geometria: por dentro ela é bem curva e não apresenta cantos vivos. O fundo interno, côncavo, permite uma descida suave do fio do café extraído. “Neste formato, o café não cai, ele escoa”, explica o especialista.
O protótipo ideal da xícara levou doze meses para ser finalizado, pois cada tentativa levava cerca de 40 dias. “No total, foram seis modelos testados. Agora é só fazer a conta de quanto tempo foi investido neste projeto”, conta. O nome japonês AYUMI, que significa “quem caminha para frente, quem sempre evolui” é também uma homenagem à filha do Ensei.
Esta não foi a primeira vez que o especialista se aventura no mundo das cerâmicas. No ano de 2000, a ceramista Hideko Honma executou seu primeiro projeto de xícara: a Paracatu. “A cor azul foi obtida por pigmentos naturais, de forma a dar contraste com a cor amarelada da crema”, afirma.
Para quem está curioso em conhecer este trabalho de perto ou até mesmo em comprar a xícara, a ceramista Gisele Gandolfi recebe encomendas e visitas em show room.
Serviço:
Ateliê Muriqui
Contato: 11-3875-2926
Imagem: Divulgação
Prefiro a dourada do SINDICAFESP