Na última semana estive no evento Semana Mesa SP e por isso fiquei um pouco “fora do ar” aqui do blog, mas valeu a pena: estou extasiada com tantas informações novas. Foram cinco dias bem intensos que atendiam todos os gostos, necessidades, bolsos e mentes curiosas. Conversei com bastante gente bacana, com chefs renomados e até “bati um papo gostoso” com a cafeóloga Eliana Relvas nos corredores do Senac (ela é um doce de pessoa!).
Entre as diversas atividades do Congresso Mesa Tendências e Mesa Ao Vivo eu ouvia atentamente os comentários, debates e trocas de ideias nos bastidores, corredores e durante as aulas e palestras. Aprendi muito e confesso ser outra pessoa, com outra postura em relação à gastronomia. O foco do evento era sustentabilidade e revelou diversas formas de transformar nossa realidade social em algo mais justo e positivo por meio das panelas… é claro!
A pergunta “O que a gastronomia pode fazer pelo planeta?” estava espalhada em diversos banners nos corredores e desafiava cada participante a fazer sua parte. No palco principal, chefs e profissionais da indústria alimentícia citaram exemplos que já estão dando certo e histórias de sucesso dos quatro cantos do Brasil. Os chefs Rodrigo Oliveira (do restaurante Mocotó) e o francês Julien Mercier (do hotel Caesar Park Faria Lima) mostraram a importância de se ter uma relação mais próxima com os fornecedores. “Este contato nos permite explorar ideias de como melhorar nossos pratos e oferecer o máximo de sabores de cada ingrediente”, explica Julien com seu sotaque carregado. Já o Rodrigo achou uma solução bem interessante para aproveitar melhor a nadadeira do peixe pintado e a transformou um novo petisco para seu restaurante. “Durante uma visita em um pesqueiro, notei que os funcionários desprezavam a nadadeira inteira e uma porção da carne era ignorada. Pensei, então, em criar um aperitivo suculento e crocante ao mesmo tempo”, explica. As nadadeiras são empanadas com farinha de tapioca e assim fritas. Conta também com um toque especial da maionese a base de limão cravo, que a acompanha. O sucesso foi instantâneo! Batizada como “asinha de pintado”, a porção de 15 unidades é vendida por R$ 12,90.
A chef Roberta Sudbrack (Restaurante Roberta Sudbrack) emocionou e deixou a platéia salivando quando colocou um ventilador na frente do tacho de goiabada que acabara de fazer durante sua explanação. O cheirinho gostoso espalhou-se rapidamente pelo auditório. Pura maldade!
Um novo conceito gastronômico também foi apresentando pelo químico apaixonado por comida, Hervé This. Em sua genialidade, ele afirma que o futuro da gastronomia está em isolar alguns sabores e combiná-los novamente em um prato da mesma forma que se faz uma música: nota por nota. A platéia confusa e intrigada questionou e pediu explicações mais claras sobre o que é de fato esta novidade. Sua resposta: “Só experimentando para saber”. Ninguém se deu por satisfeito. Nem eu. Foi quando ele, com um sorriso de canto de boca, devolveu a argumentação dos presentes com outra pergunta: “Como explicar a cor azul para um cego?” Platéia calada.
É óbvio que muitas outras ideias, projetos e experiências foram apresentados nos palcos e workshops do evento, mas eles serão assuntos de futuros posts. Ah, e não pensem que eu deixei nosso tema cental do blog passar despercibido! Muitos chefs prometeram nos apresentar receitas que levam o café como ingrediente e eu não vou deixá-los escapar sem nos enviar as dicas. Fique antenado!
**Imagens: Adriano Bellagente
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