Blends

Como prometi na publicação do último texto, no qual eu falo um pouco sobre os tipos dos grãos de café – Arábica e Conilon -, vou explicar um pouco mais sobre os blends e como eles são elaborados.

Criar blends é uma das tarefas dos degustadores e classificadores de café. Com a experiência e, claro, contando com nossos sentidos apurados, vamos escolhendo e conjugando diversos tipos de café, a fim de criarmos opções de gostos bem definidos.

A magia e harmonia dos diferentes produtos é dada pelo blend de vários tipos de café, diferentes na qualidade (arábica ou robusta), no tipo de beneficiamento (lavado, natural ou semi lavado) e, por fim, pela região de proveniência. Todos estes elementos integram e combinam qualidades e características particulares, dando vida a produtos equilibrados e específicos no gosto, no aroma e no corpo do café.

O componente arábica produz bebida doce e aromática. Porém, os blends compostos por arábica e robusta são mais encorpados e dão origem a um café de gosto forte e definido, com aroma achocolatado.

Lembrando que os frutos que originam os grãos estão sujeitos a variações organolépticas ligadas à variação sazonal (em quantidade e qualidade) ou às condições climáticas.

Para garantir sempre o mesmo gosto em cada produto, nós, provadores, estamos sempre controlando as novas colheitas e vamos constantemente às regiões produtoras para assegurarmos o abastecimento de todas as qualidades necessárias que compõem cada uma de nossas receitas.