Falar em café Mundo Novo, Catuaí, Bourbon e alguns outros é novidade para você? Se sim, é importante entender que elas são variedades da planta do café e que os varietais são grãos que não sofreram influência de nenhum blend ou de plantas híbridas. Estamos falando sobre cafés que são produzidos por uma única variedade e, por serem puros, fica mais fácil identificar as características sensoriais de cada um. Depois de conhecer as particularidades e qualidades de cada variedade, especialistas conseguem pensar em blends ou misturas de sabores e aromas com mais facilidade.
Por isso, conhecer o que cada variedade pode oferecer é essencial, mas você sabe de fato o que elas são?
Vamos à elas!
Mundo Novo – esta variedade é um híbrido natural entre o Bourbon Vermelho e o cultivar Sumatra, que foi encontrado pela primeira vez no começo do século XIX no Brasil. Para ser mais exata, foi no ano de 1943 que ele foi visto na cidade paulista chamada Mundo Novo, que atualmente é a cidade de Urupês.
Trata-se de uma planta de porte alto, apresenta maturação de seus frutos mais tardia e tem vigor vegetativo bom. Um dos pontos fracos desta variedade é sua sensibilidade ao ataque de ferrugem.
Bourbon Amarelo – outro híbrido natural (entre o Bourbon Vermelho e o amarelo de Botucatu) que agradou com seus resultados. Surgiu em 1930 e agradou muito pela sua intensa doçura. Mesmo sendo considerada a melhor variedade para produzir cafés especiais, os cafeicultores deixaram esta opção em segundo plano por ela ser bastante sensível a doenças e pragas.
Apresenta maturação precoce e seus frutos apresentam aromas e sabores geralmente cítricos.
Bourbon Vermelho – Com bons índices de produtividade, esta variedade é originária de Reunião (uma ilha do Oceano Índico). Chegou aqui no Brasil na década de 1950.
Caturra – Resultado de várias mutações genéticas em meados do ano 1935, esta variedade foi base para vários outros híbridos.
Maragogipe – Descoberta na Bahia em 1870, esta mutação natural produz os maiores grãos de café das variedades aqui citadas.
Catuaí – Resultado do cruzamento entre o Mundo Novo e Caturra, ele começou a ser utilizado no ano de 1949. Suas plantas apresentam porte mais baixo, maturação mais tardia e que não é uniforme.
Icatu Amarelo e Icatu Vermelho – estes são os orgulhos da minha terra, Campinas. Resultado de pesquisas do Instituto Agronômico de Campinas, ele é um híbrido entre um cultivar Robusta e um Arábica que foi cruzado com o Mundo Novo e, depois, com Catuaí.
Se você tem dados adicionais sobre as variedades citadas acima, comente este post e aumente nossa troca de informações. Vamos mexer ideias!
Fontes: Site Pé de Café e o livro Guia do Barista – Da Origem do Café ao Espresso Perfeito.
OI Kelly
Gostei demais de sua matéria, pois estou ingressando neste mundo maravilhoso do café, e quero aprender muito sobre ele.
Que bom que gostou Carmen!!
Publicamos posts diariamente para pessoas que gostam e querem aprender sobre o universo e cultura do café. Por isso, sinta-se à vontade para nos visitar sempre 🙂
Abraços.
Como o IAC conseguiu cruzar um arábica com o robusta já o primeiro tem muito mais pares de cromossomas do que a outra? E se o feito foi possível como não produziu descendentes estéreis?