Os missionários espanhóis, que se estabeleceram no delta do Rio de Caroni, plantaram a primeira árvore de café na Venezuela em 1730. Ela viajou muito antes de chegar no país, passou pelo Brasil de onde tinha sido trazido originalmente de Suriname ou de Cayene. Martinica e Guadalupe foram mais duas cidades que receberam a planta de terrenos brasileiros.
Para ser plantado na costa norte da América do Sul, o café passou por diversas regiões: Guayana à região de Caracas por volta de 1740. As primeiras plantações de café foram organizadas em 1784 na exploração agrícola de Blandín, devido aos esforços de Bartolomé Blandín, na cidade de Chacao perto de Caracas. Esta experiência foi repetida mais tarde por dois padres Sofo e por Mohedano nas explorações agrícolas de San Felipe Neri e La Floresta.
Até então o cacau reinava quase sozinho na cena econômica nacional entre a segunda metade do século de XVII e a primeira metade do século de XVIII. Pouco a pouco, o café aproveitou seu declínio em meados de XIX para se estabelecer em terras venezuelanas. Em 1830, a substituição do cacau pelo café era fato. Foi o porto de Maracaibo que atuou como a saída natural das exportações do café da região andina.
Até 1895, a Venezuela tinha o terceiro lugar entre os maiores produtores mundiais de café. Naquele tempo, o país produziu entre 6.5% e 6.7% da produção mundial e entre 14% e 16% do total do mundo em cafés suaves. O ano seguinte, 1896, a Venezuela era o segundo produtor do mundo e o primeiro entre os grandes produtores do mundo de café suave. Mais tarde, começou a cair e em 1920 foi para o terceiro lugar. Em 1925 ganhou o quarto lugar, 1931 o quinto, em 1932 o sexto e em 1933 ao oitavo. Depois disso, em 1979 e na sequencia em 1979-1984, a Venezuela não cumpriu a quota da exportação que a organização internacional do café (ICO) lhe havia atribuído.
Uma superfície de 245.442 hectares (ha) foi plantada em 1972, sendo que a variedade de Typica foi plantada em 90.8% deste território. Uma década mais tarde, entre 1984 e 1985, a situação era praticamente a mesma. O número da superfície da produção mal chegava a 270.000 ha. As variedades melhoradas (principalmente Caturra, Bourbon e Catuai) cobriram somente 28% da superfície plantada.
Em 1989/1990, havia superfície cultivada de 206.325 ha. Foi fato que a produção nacional do café foi postada com tendências de diminuição. A disponibilidade para o consumo humano per capita diminuiu do mesmo modo durante este período, de 2.3 quilos/pessoa/anoem 1986 a 1.7 em 1994. As razões para esta estagnação do setor são relacionadas diretamente ao estado abandonado, o governo não deu atenção e ajuda suficiente para o setor. O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafe), criado em 1975 devido à divisão do fundo nacional do café e do cacau em duas organizações independentes, tinha abandonado suas funções originais e transformou-se em uma organização burocrática com políticas contraditórias e incapazes.
Em 1990 aconteceu a libertação do café vendido, que foi monopolizado previamente pelo Funcafé. Muitos desses problemas ainda persistem: baixa produtividade, circunstâncias econômicas, falta de técnicos e do suporte financeiro, o crescimento da “broca” (um parasita que cresce nas plantas), entre outros fatores afetam a situação trazendo problemas sérios para esta atividade no país.
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