Como contamos aqui, as folhas da Camellia sinensis produzem chás diferentes dependendo de sua oxidação. O oolong é aquele que tem o processo interrompido na metade do tempo (entre o verde e o preto), promovendo um gosto amargo e levemente adocicado. Uma das versões mais famosas da bebida é a Da Hong Pao – que também é repleta de histórias.
Bebida predileta da dinastia Qing (1644-1911), é famosa até hoje na China por seu sabor rico e característico. Ainda existem quatro plantações da época áurea desse chá localizadas nas montanhas da cidade de Wuyishan. A curiosidade é que essas folhas não são comercializadas – são apenas as de árvores mais jovens (e descendentes das mais famosas) que são colhidas para consumo.
De forma similar ao Pu-erh, o Da Hong Pao é mantido em condições que permitem as folhas descansarem e fermentarem, garantindo a ação do tempo no sabor da bebida. Em 2002, esse chá virou notícia quando uma pessoa gastou 180 mil yuan (aproximadamente US$ 28 mil) em 20 g de suas folhas. A comparação feita na época era de que o peso do produto em forma de ouro valeria menos que o chá em si.
Novamente em comparação ao Pu-erh, as folhas desse chá também podem passar pela infusão mais de uma vez – promovendo um sabor diferente a cada experiência. Segundo a BBC, as plantações originais do Da Hong Pao produzem algumas centenas de gramas da bebida, controladas apenas pelo governo e até pouco tempo vigiadas por uma guarda armada.
Por: Marina Oliveira
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