Que o café tem um cheiro delicioso nós já sabemos. Mas você sabe por que esse aroma é tão apreciado? Essa é uma das perguntas que uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro pretende responder. E a primeira fase de experimentos já trouxe resultados expressivos.
Sob o comando de Jorge Moll Neto, médico neurologista e presidente do Instituto D’Or Pesquisa e Ensino, o trabalho intitulado Correlatos neurais da experiência olfativa e gustativa do café iniciou estudos sobre o impacto do cheiro do grão no cérebro humano.
Para analisar o comportamento cerebral, os voluntários foram submetidos a um exame de ressonância magnética. Ao aparelho tradicional, no entanto, foi acoplado um item desenvolvido especialmente para liberar o aroma de diferentes tipos de café. O resultado obtido com a experiência é impressionante.
O café atinge primeiro o córtex olfativo, que é a área do cérebro responsável por detectar cheiros. Até aí, nenhuma novidade, uma vez que qualquer aroma ativa essa região. No entanto, a fragrância cafeinada atinge com potência, superando a percepção de itens como vinho e perfumes. Além disso, com o estudo foi possível perceber que o grão alcança também outras áreas do cérebro rapidamente.
Até o momento já foi possível descobrir que o cheiro da bebida atinge também o tronco cerebral, responsável pela sensação de prazer e que é ativado por momentos prazerosos, como ao ouvir uma música agradável. A pesquisa agora busca maiores informações sobre compostos químicos presentes no café que despertam reações de forma seletiva.
Agora sim, temos uma explicação técnica para algo que já sabíamos. O cheiro do café é realmente irresistível!
Por: Carolina Gasparini
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