“Não é exagero dizer que quase ninguém na Inglaterra tomava chá no começo do século XVIII, e quase todos tomavam no fim do mesmo século”. Esta frase, contida no imperdível livro de Tom Standage – História do mundo em 6 copos –, retrata bem como essa especiaria chinesa se transformou em um hábito icônico para os ingleses.
O chá preto tornou-se mais popular que o verde por ser resistente a viagens longas. E a medida que tomou o lugar do verde, a adição do leite e do açúcar tornaram a bebida mais palatável. Mas isso será que explica o entusiasmo com que os britânicos adotaram o chá?
Alguns fatores explicam o fenômeno, mas o que os portugueses mais gostam de propalar é que foi por conta do casamento de Catarina de Bragança, filha do rei D. João IV de Portugal, com Carlos II da coroa britânica, em 1662. Com a mudança para corte, Catarina trouxe o hábito do chá que já praticava em Portugal, e com ele um dote de postos comercias em Tanger (Marrocos) e Mumbai (Índia).
Nossos colonizadores detinham muitas colônias no além-mar. Eles são mencionados em relatórios como os primeiros a trazer (não comercialmente) o chá em pequenas quantidades para Lisboa. E da corte inglesa no século XVIII até Vancouver nos dias de hoje o hábito se mantem. Na British Columbia, colônia no Canadá onde maple syrup corre solto, essa bebida se tornou uma queridinha em minha última viagem. Recomendo. Esquenta que é uma beleza.
Ele fica pronto em apenas três minutinhos. Comece colocando o maple syrup no fundo de uma caneca. A quantidade fica a gosto, como você preferir. Depois, tire o seu chá preto na máquina TRES. Acrescente o chá e o leite na caneca. Depois é só misturar bem e degustar essa delícia.
Como sempre uma ótima receita acompanhada de uma boa pesquisa histórica.
Obrigado pelo comentário e pelo elogio!