Rooibos: O chá da África do Sul

Uma das características que mais adoramos no chá é o fato de como essa bebida pode exemplificar a cultura de uma região. Já falamos sobre o chá de manteiga do Tibete, do estilo marroquino de degustar a bebida e até mesmo da versão com leite condensado da Malásia. Dessa vez, vamos contar a história do Rooibos, que faz parte do dia a dia dos habitantes da África do Sul.

Por não ser feito com as folhas da Camellia sinensis, a bebida sul-africana é considerada uma infusão. A planta que dá origem a ela leva o mesmo nome, Rooibos (Aspalathus linearis). Assim como o Matcha, aos poucos está conquistando o paladar de pessoas ao redor do mundo. O motivo? Um sabor doce irresistível e muitos benefícios à saúde.

Segundo o site Rooibos Council, que trabalha para preservar a cultura desse produto na África do Sul, a planta foi descoberta há 300 anos pelos habitantes das montanhas de Cederberg. Foram eles os primeiros a fazer infusões com as folhas, as colhendo com machados e usando martelos para quebrá-las. Em seguida, as deixavam expostas ao sol.

Com a colonização holandesa, a bebida passou a ser consumida pelos estrangeiros como uma opção barata em relação ao chá preto. Mas foi só em 1904 que um imigrante russo, Benjamin Ginsberg, percebeu o potencial da planta e passou a exportá-la – até hoje, seus descendentes ainda trabalham no mercado do Rooibos.

No século XX os poderes medicinais da bebida passaram a ser divulgados pelo mundo. E, na década de 1930, a produção sul-africana começou a atender o mercado mundial. Em 1968 virou livro, celebrando seus poderes contra as alergias. E, em 1984, foi febre no Japão como um item essencial anti-idade.

Em 2006, o Rooibos foi manchete como o primeiro chá espresso do mundo, o Red Espresso. Ele é feito da mesma forma que o café, com o uso da água e da pressão para produzir uma bebida cremosa, mas descafeinada e com o quíntuplo de antioxidantes que um Matcha tradicional.

Um “cappuccino” de Rooibos, que, segundo o fabricante, pode ser feito com a máquina de espresso, prensa francesa ou na cafeteira italiana

Hoje é queridinho das estrelas de Hollywood (um sorvete de Rooibos foi servido no casamento dos atores Michael Douglas e Catherine Zeta-Jones), utilizado em cosméticos para prevenir o envelhecimento da pele e até conta com uma versão verde – feito sem a etapa de fermentação da planta.

Nós do Mexido de Ideias já experimentamos o chá de Rooibos e podemos garantir: A bebida é docinha e perfeita para o paladar brasileiro. Se tiver a oportunidade de degustar essa bebida vermelha, não deixe passar a chance.

Por: Marina Oliveira