Gatos. Desde criança, a estudante Daniela Candal sempre gostou de imitá-los enquanto brincava com suas primas. “Vivíamos saltando os degraus e subindo em árvores”, diz. Mas, ela não poderia suspeitar que, em seu aniversário de 18 anos, fosse ganhar uma caneca cuja estampa era justamente de um felino. Para ela, o significado da porcelana vai muito além. “Ela é a representação da passagem da infância e adolescência para a idade adulta”, explica.
“No dia do meu aniversário, minha mãe me acordou chorando com um café na cama e essa canequinha que miava, com um discurso sobre a minha passagem da adolescência para a fase adulta. Ela dizia que eu era uma mulher e que a caneca servia para eu nunca me esquecer como era bom ser pequena e nunca perder a criança por trás dessa nova mulher”, diz.
E, é também desde pequena que Daniela tem o hábito com o café. Ela explica que tinha uma tia bem tradicional que sempre dizia que as mocinhas deviam servir café com seus devidos pais, sempre pedindo que desse pequenas bicadas na bebida. “Com o tempo, aprendi a gostar e hoje não largo por nada”.
Também, com uma rotina de estudos que chega a 14 horas por dia, haja café! “Eu faço faculdade integral, é muito corrida. Durante os intervalos das aulas, procuro tomar coados para continuar acordada e, claro, por prazer”, diz.
Seja na aula, em casa ou na rua, Daniela sempre se lembra das pessoas queridas quando sente o cheiro de grão torrado. “Como não consigo passar muito tempo com a família, o café me traz saudade. Principalmente do meu pai. Toda vez que tomo café, é como se ele estivesse ali”.
Por: Lucas Tavares
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