Mundo do café04 de novembro de 2013
Os chineses têm duas pronuncias para a palavra chá: “te”, que deriva de “bebida”, e “cha”, que significa “apanhar” ou “colher” – origens das diversas variações de sua escrita atual. Entre as lendas que rondam a história deste bebida, a que mais se destaca é a do Imperador chinês Sheng Nong. Ela diz que o destino foi responsável por unir uma folha caída a uma xícara de água fervente, transformando algo sem gosto em um mix delicioso.
Segundo o mito, o imperador, também conhecido por “Curandeiro Divino”, colocou em vigor uma lei que obrigava a fervura da água antes de seu consumo, evitando a incidência de epidemias. Ao repousar sob a sombra de uma árvore enquanto esperava sua xícara esfriar, Sheng percebeu algumas folhas caídas sobre a bebida, deixando-a com a cor castanha. Ele descobriu ali que aquela mistura era saborosa e começou a espalhar as notícias de sua descoberta.
O hábito se popularizou na cultura do país. No ano de 618 d.C., o monge budista Lu Yu escreveu o primeiro grande livro sobre o tema, chamado “Ch’a Ching”, onde estão presentes guias de cultivo e preparo da bebida. A obra foi de suma importância para definir a China como principal difusora da cultura do chá.
A partir do século IX, a bebida começou a se espalhar para o Japão e, a partir do século XV, foi para países da Europa, principalmente para Portugal. De acordo com o site Info Escola, o país foi responsável pela primeira publicação do lado ocidental do mundo sobre o chá. Somente no século XIX que o líquido chegou à Inglaterra e tornou-se tradicional. Logo após, atingiu as terras dos Estados Unidos e, depois, do resto do mundo.
O caminho da China até sua xícara foi longo. Agora que você já o conhece, pode escolher seu sabor predileto e preparar o seu. É hora do chá
Imagem: Pinterest de Robbyn Raffaeli
Por: Lucas Tavares
Deixe um comentário