Lembrança a dois

Sabe aquele dia especial? Aquele que você quer se lembrar para sempre, nos mínimos detalhes? A assistente de assessoria de imprensa, Nathalia Cirillo, de 18 anos, tem um desses para chamar de seu. E, dele, ela também pode guardar uma caneca. “Ganhei de meu namorado. Ela foi comprada em um show da nossa banda favorita, o Fresno, e foi muito importante para nós e para o nosso relacionamento”, diz. Por isso, sua porcelana é uma lembrança a dois.

“É como se fosse um souvenir do show, que foi lindo. Pretendo leva-lo para o resto da vida”, diz. O cheirinho do café nessa caneca é embalado no amor! E, podemos dizer que Nathalia conhece muito bem esse aroma. Seu pai que, segundo ela, “faz o melhor café do mundo”, foi quem acendeu sua paixão pelo grão. Ela se lembra que ele trabalhava durante à noite e ficava dois ou mais dias sem ver a filhota. “Quando eu acordava com o cheiro pela casa, fosse manhã ou noite, sabia que ele estava lá”, diz.

Nathalia explica que o cafezinho era uma espécie de desculpa para passar um tempinho com o ele. “Eu colocava leite no café, passava manteiga no pão e o mergulhava na xícara antes de comer. “Depois, se tornou um hábito e a cada dia eu passei a gostar mais”. Quando o aroma sobe no ar, “me sinto segura, como me sinto no abraço de meu pai”, conta.

Hoje, seja na rua, faculdade, em casa ou no trabalho, Nathalia sempre está na boa companhia de uma caneca quente de café coado. Ele “exala um cheiro incomparável”. Segundo ela, “se estou estressada ou triste, tomo para acalmar. Se estou feliz, para comemorar. Se preciso de ideias, bebo para pensar”.

E, você? Bebe para quê?

Por: Lucas Tavares