É dessa cor que eu gosto do meu pingado. Em uma xícara grande com mais café que leite. Outro dia tive a grata surpresa de receber essa candura de presente de minha nora Melissa. A “xicrona” tem a vista de Nova Iorque, cidade do coração. Olhem só que beleza essa deliciosa vista refletida no pingado.
Um dos lugares que eu adoro tomar um café na cidade é justamente no High Line Park, roteiro obrigatório para quem vai para lá. Feito pela iniciativa dos moradores locais, a antiga ferrovia, que estava prestes a ser demolida, transformou-se nesse inesperado parque suspenso. A vista de toda parte oeste da cidade, incluindo o mar, o rio Hudson e a estátua da Liberdade, se mescla com a arquitetura dos novos e antigos edifícios que os envolve. É uma aula de urbanismo, de como é possível miscigenar espaços antes tão desintegrados.
No inverno, é bom ir muito agasalhado, pois o vento é cortante. Mas no meio do caminho, sempre tem uma banquinha com alguém servindo café para esquentar os ânimos. Essa esperta solução de incorporar a antiga ferrovia à cidade nos dá um alento quanto ao nosso horrendo “Minhocão”. Ou como dizem os governantes “Elevado Costa e Silva”, em São Paulo. Não seria uma benção para nossa cidade transformá-lo em um parque suspenso?
Voltando a receita. Basta passar as fitas de coco na frigideira com um pouco de açúcar e deixar chegar à cor de caramelo. Depois, é só degustar com o pingado e, porque não, pensar um pouco em boas soluções urbanísticas para nossa querida São Paulo.
Pingado, invenção paulistana muito bem vinda.
Média, meio a meio de leite e café, excelente para amanhecer o dia com pique, especialmente acompanhado com pão na chapa. Hummmmmmmmm
No boteco, na padaria, na cafeteria… qualquer lugar, na Paulista ou na Domingos de Moraes… adoroooooooo!!!