Uma questão de relacionamento

Por Carla Coutinho

Antes de escrever este texto, pensamos muito bem no assunto e chegamos à conclusão que café é sinônimo de relacionamento. E quando citamos relação aqui, não vem ao caso se ela envolve pura e simplesmente pessoas.

O café, independente de um companheirismo que abordaremos adiante (e não necessariamente por completo neste texto), desperta um relacionamento íntimo, algo que flui do nosso “eu”. A nossa relação de amor, por exemplo, com aquela caneca que utilizamos todas as manhãs, que, por um ciúme bobo, não curtimos emprestar pra ninguém. Mas, se emprestamos é porque a nossa ligação e sentimento por uma pessoa é tão forte quanto todo e qualquer apego pelo que muitos podem julgar uma “simples caneca”.

Tem quem saboreie o primeiro café do dia de uma forma única, refletindo a agenda dos afazeres, lendo o jornal, navegando pela internet ou fazendo milhares de coisas ao mesmo tempo, simplesmente pelo fato de precisar deixar a casa em ordem antes de sair às pressas para trabalhar. Tem aqueles que associam o café às reuniões e aos vários clientes; os que se “derretem” apenas com o aroma; os que dizem “tomo, mas apenas no frio” e, claro, os que não vivem sem café de jeito algum.

Há ainda quem associe o café ao sentir-se bem por estar ao lado de alguém querido no momento em que este para tudo o que está fazendo apenas pela necessidade de uma pequena xícara da bebida. É o momento da boa prosa, dos conselhos, desabafos, novidades e, por vezes, dos pensamentos aleatórios, idéias, insights e brainstorming.

Ah, quanta coisa boa o café proporciona…

As maneiras de saboreá-lo? Várias. E podemos adiantar que, em breve, o espaço deste blog será mais que convidativo: uma simples necessidade. A intenção é conduzir você, leitor, pelo universo do café: contar histórias, apresentar os variados grãos existentes nos diversos países, cafeterias, tipos de cafés, os blends, receitas e, antes de qualquer coisa, compartilhar idéias.

Aqui você não fará uma pausa apenas para aquele cafezinho, mas por uma questão de relacionamento do “eu”, “nós” com o café.

E aí, topa tomar um café com a gente?

Seja bem vindo!

Carla, Patrícia e Stela